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Foto do escritorDiário do Brejo

Preço da gasolina passa de R$ 7 o litro em quatro estados

Nos últimos dias, o preço médio pago pela gasolina no Brasil subiu 1,53% e alcançou os R$ 5,956



Na última semana, os moradores dos estados do Acre, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Tocantins se surpreenderam com o preço do litro da gasolina, que superou os R$ 7, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


O custo mais alto foi encontrado em Bagé (RS), onde seis postos de gasolina vendem o combustível a R$ 7,189 o litro.

Na cidade de Barra Mansa (RJ), o preço praticado em um dos postos é de R$ 7,059 e, em Cruzeiro do Sul (AC), nove estabelecimentos cobram o litro da gasolina de R$ 7,110 a R$ 7,130.

Na contramão, a cidade de Bauru, no estado de São Paulo, registrou o valor mais baixo cobrado pelo combustível, com um abastecimento que custa R$ 4,990 por litro.

Nos últimos dias, a média do preço pago pela gasolina no Brasil subiu 1,53% e alcançou os R$ 5,956.


Entenda como é calculado o preço da gasolina


Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS). No caso da gasolina, de acordo com dados ANP, a composição do preço nos postos se dá da seguinte forma:

  • 27,9% – tributo estadual (ICMS)

  • 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)

  • 32,9% – lucro da Petrobras (indiretamente, do governo federal, além dos acionistas)

  • 15,9% – custo do etanol presente na mistura

  • 11,7% – distribuição e revenda do combustível

Para o diesel, a segmentação ocorre de maneira diferenciada, com uma fatia destinada para o lucro da Petrobras significativamente maior.

  • 15,9% – tributo estadual (ICMS)

  • 7% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)

  • 52,6% – lucro da Petrobras

  • 11,3% – presença de biodiesel na mistura

  • 13,2% – distribuição e revenda

O valor final também depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado. Por sua vez, é a inflação que impacta na alta do dólar.

Pressionada pela crise hídrica, que elevou as contas de energia elétrica, a inflação oficial do país acelerou no último mês para 0,96% e acumula alta de 8,99% no ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta do Banco Central (BC) para a inflação em 2021 é 3,75%, mas, pela regra vigente, será considerada cumprida se o indicador alcançar de 2,25% a 5,25%. Isso significa que o governo federal está cada vez mais longe do resultado perseguido.

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