Mulher passou a ser investigada após ter publicado vídeos nas redes sociais ironizando costumes paraibanos. Ela prestou depoimento nesta segunda-feira (30).
Adriana Borba, noiva do jogador do Botafogo da Paraíba Léo Campos, que é investigada por xenofobia, prestou depoimento nesta segunda-feira (30), em João Pessoa. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcelo Falcone, a mulher disse que "não foi por maldade".
Por meio de nota, o advogado de Adriana, Eduardo Araújo Cavalcanti, disse que a sua cliente ""contesta veementemente a prematura interpretação da polícia de que houve xenofobia". Ele explica que as falas dela não se configuram crime, pois não houve intenção de menosprezar ou ridicularizar o povo paraibano. A expectativa dele é que os autos sejam arquivados ao término da investigação. A polêmica teve início no dia 24 de janeiro, após Adriana Borba publicar alguns vídeos no Instagram ironizando o sotaque, os costumes e até mesmo o jeito de andar do paraibano. No dia 26, a Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa de João Pessoa abriu um inquérito policial para investigar as condutas de Adriana Borba, que é natural de Santa Catarina. O titular da delegacia, Marcelo Falcone, acrescentou que Adriana Borba pediu desculpas durante o depoimento e afirmou não ser preconceituosa. O delegado explicou que a mulher vai responder o processo em liberdade, mas, se for condenada, pode receber pena de um a três anos de prisão, além de possíveis agravantes, como o fato do conteúdo ter sido publicado nas redes sociais. A catarinense poderá ser indiciada pelo Artigo 20 da lei de 1989, que com as alterações feitas ao longo dos anos prevê punição a “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Relembre o caso No dia 24 de janeiro, Adriana Borba publicou os vídeos nas redes sociais ironizando comportamentos dos paraibanos. "A gente vai sozinho no mercado e não tem com quem rir, nem com quem debochar”, comentou ela em certo momento, após ironizar o sotaque e o jeito de andar "arrastando os chinelos" do paraibano. As declarações de Adriana, contudo, só viralizaram no dia 25. Depois disso, ela encerrou o seu perfil no Instagram e pediu desculpas em um novo vídeo, alegando que era tudo uma "brincadeira" e que ela foi mal interpretada. Ainda no dia 25, o Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial do Ministério Público da Paraíba já tinha anunciado que iria instaurar um procedimento para investigar possível crime de racismo cometido por Adriana.
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