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Ciro suspende pré-candidatura após PDT votar a favor da PEC

Ex-ministro diz que espera reavaliação da bancada do partido. Votos foram cruciais para a aprovação da PEC dos Precatórios




O ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional Ciro Gomes anunciou, nesta quinta-feira (4), a suspensão de sua pré-candidatura à Presidência da República depois que o seu partido, o PDT, votou a favor da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, na Câmara dos Deputados. A suspensão, segundo ele, é até a bancada reavaliar a posição. Os votos do PDT foram cruciais para a aprovação da proposta, com uma margem de apenas quatro votos.


"Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas", escreveu em seu Twitter.

Na madrugada desta quinta-feira, a PEC foi aprovada por 312 votos, quatro a mais que o necessário para passar uma proposta que altera a Constituição Federal. Desses votos, 15 foram do PDT, após a liderança da bancada orientar para a aprovação da proposta. A oposição da Casa definiu uma orientação contrária à PEC, e a decisão do PDT surpreendeu parlamentares de esquerda.


A aprovação da proposta foi possível após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fechar acordo com a sigla de pagamento parcelado em três vezes dos precatórios relativos ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef). O acordo envolveu ainda um projeto que prevê que 60% dos valores enviados aos estados serão destinados ao pagamento de professores.


Após o acordo, o projeto também conseguiu 10 votos dos 32 parlamentares do PSB, apesar de orientação da bancada contrária à aprovação da proposta. Mais cedo, Aliel Machado (PSB-PR), um dos parlamentares que votaram pela PEC, se reuniu com Lira e deputados da base na residência oficial da Presidência da Câmara.



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